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Soergs se reúne com Secretário da Saúde

17/03/2015
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Soergs se reúne com Secretário da Saúde

Hoje pela manhã, 17, o Soergs esteve em reunião com o secretário estadual da Sáude, João Gabbardo dos Reis, para discutir a Carta Aberta de reivindicações dos cirurgiões-dentistas gaúchos que foi entregue no início do mês ao governador Ivo Sartori. O documento foi redigido em parceria com entidades e profissionais para apresentar as propostas e propor soluções com o objetivo de apontar questões relevantes a respeito das políticas de saúde bucal e ausência delas no Estado do Rio Grande do Sul. Em reunião, o governador havia se comprometido a avaliar o conteúdo das informações e em agendar uma reunião da categoria com o secretário para discutir ações em prol da odontologia no Estado.

Esta foi a primeira rodada de negociações em prol de melhorias para o Estado. Outras reuniões deverão ser agendadas para discutir novas questões. Entre as reivindicações, esta a chamada de mais profissionais aprovados em concurso público. O Secretário garantiu que não haverá contratação de profissionais em nenhuma área para os próximos 180 dias. A decisão deve se prolongar até o final do ano. No início do ano, 9 cirurgiões-dentistas haviam sido chamados, após uma série de negociações da categoria com o Governo.

Participaram do encontro o presidente do Soergs, Andrew Lemos Pacheco, o diretor administrativo, Bernardo Godolphim, além dos cirurgiões-dentistas Luciano Sanchotene Severo e Marcio Redmann.

Conteúdo da Carta Aberta

O Soergs havia aberto consulta pública aos profissionais no dia 20 de novembro de 2014 para reunir dados a respeito das reivindicações da categoria e recebeu várias sugestões e comentários. Todos eles foram compilados em uma reunião, realizada no dia 8 de janeiro, para integrar um documento único que atenda aos anseios de toda a categoria. "Pretendemos dar vez e voz às demandas reais, escutando os profissionais e procurando garantir o comprometimento da administração estadual com a nossa categoria", explica o presidente, Andrew Lemos Pacheco.

O texto mostra que o objetivo principal é indicar ações que buscam a melhoria da qualidade dos serviços públicos, com eficácia, eficiência e efetividade dos programas de saúde bucal, cujo foco principal é o cidadão. “Como categoria, hoje nos sentimos insatisfeitos com o papel secundário com que a Odontologia tem sido tratada ao longo das administrações de nosso Estado. Buscamos sensibilizar o novo Governo a travar conosco a luta pela valorização da saúde bucal na administração pública. Só existe saúde integral com saúde na boca”, explica Pacheco.

Confira abaixo a íntegra do material

Carta Aberta dos Cirurgiões-Dentistas Gaúchos ao Governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori

Excelentíssimo Governador José Ivo Sartori,

            Com o objetivo de apontar questões relevantes a respeito das políticas de saúde bucal e ausência delas no Estado do Rio Grande do Sul, o que inviabiliza o acesso universal, integral e equânime da população à saúde pública, garantia constitucional e dever do Estado, vimos através deste documento trazer reivindicações e propor soluções.

Nosso objetivo principal é indicar ações que buscam a melhoria da qualidade dos serviços públicos, com eficácia, eficiência e efetividade dos programas de saúde bucal, cujo foco principal é o cidadão. Como categoria, hoje nos sentimos insatisfeitos com o papel secundário com que a Odontologia tem sido tratada ao longo das administrações de nosso Estado. Buscamos sensibilizar Vossa Senhoria a travar conosco a luta pela valorização da saúde bucal na administração pública. Só existe saúde integral com saúde na boca.

            O SUS constitui-se como espaço dos excluídos que, por falta de opção, têm que aceitar um atendimento na maioria das vezes ineficiente e de baixa resolutividade. Quanto o Estado tem sido ineficiente? Nem o próprio estado sabe! Qual condição da saúde bucal no Estado e em cada município? Não existem números que embasem esta ou aquela afirmação. Como saber se estamos indo na direção correta?

            O que sabemos na convivência com os profissionais e que, além das ações que fragilizam o SUS, como é o caso dos subfinanciamentos e a visão de saúde como mera mercadoria, há violenta desvalorização dos profissionais que prestam assistência odontológica no serviço público. Cirurgiões-Dentistas (CD), Técnicos em Saúde Bucal (TSB), Técnicos em Prótese Dentária (TPD) e Auxiliares em Saúde Bucal (ASB) realizam suas atividades, muitas vezes, em condições precárias para garantir atendimento digno e de qualidade à população. Entretanto, não temos dados que indiquem a demanda represada de atendimentos.

Existe a ausência de programas de prevenção, o que indicaria um caminho para a diminuição desta demanda. Campanhas públicas voltadas para a prevenção das doenças da boca, ir em busca do possível paciente, levar conhecimento e técnica que garanta uma boa saúde para crianças, gestantes , idosos, pacientes oncológicos, etc, são os melhores caminhos para a garantia de saúde. Como diz o ditado popular: “prevenir é melhor do que remediar”.


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