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Dom Dadeus preocupado com a Odontologia

02/06/2006
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Não é de estranhar que a religião não esteja incluída no sistema de saúde. Ela é, de muito, anterior e tem estatuto próprio. Não se pode, contudo, esquecer sua influência neste campo, nem seu trabalho altamente qualificado. A fé salva e também cura. A Igreja Católica tem, desde seus primórdios, uma atuação muito significativa no plano da saúde, não só pelas bênçãos de saúde, pelo cuidado para com os doentes,como também, pela administração de um sacramento, que lhe foi confiado pelo próprio Cristo. Chama-se Unção dos Enfermos. São Tiago nos exorta: “Está alguém enfermo? Chame os presbíteros da Igreja e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 7,14-15). Não é, também, de estranhar, no outro extremo, que a psicologia e a psiquiatria, bem como a parapsicologia, não tenham sido acolhidas em foros de medicina. São muito recentes e suas práticas ainda não conseguiram convencer os responsáveis pela saúde pública, apesar de seus serviços serem, cada vez mais, solicitados e se formarem, cada vez mais, especialistas neste ramos. É porém, de estranhar, com justa razão, que a odontologia não tenha ainda merecida contemplação no nosso sistema de saúde. Na Europa, essa especialidade costuma ser ministrada em cursos de pós-graduação em medicina. Trata-se ali, de um curso sumário de especialização. No Brasil, ao invés, adquiriu foros próprios, com faculdade específica. Por isso, nossos dentistas, em média, são muito melhores e mais bem preparados que os europeus. Melhores em conhecimento e melhores em relacionamento humano. Mas, no Brasil, sua especialidade não integra o plano oficial da saúde, como se a saúde bucal não dissesse respeito ao homem e não tivesse incidência decisiva sobre seu organismo. É conhecido o tormento que os dentes causam quando inventam de doer. É quando devem ser extraídos, deixando o sorriso humano em petição de miséria e a mastigação um desastre. Não conheço remédio mais eficiente para dor de dente que dentista. Hoje, felizmente, ele deixou de ser um mero “Tiradentes”, para tornar-se um curador, não só da saúde do paciente, mas também, da saúde dos dentes. Sua especialidade é artesanal e requer uma enorme paciência, tanto dele, como do cliente. Está na hora de integrar a saúde bucal no complexo da saúde humana, equiparando médicos e dentistas; medicina e odontologia. A prevenção deve atingir ambas as especialidades, porque ambas tratam diretamente do ser humano e ambas interdependem. Uma dieta eficaz não pode restringir-se ao que alimenta o organismo. Deve estender-se, também, ao que guarnece e protege os dentes.Há muita gente sem dente porque ou não teve condição de tratar os dentes em tempo oportuno ou não teve orientação para protegê-los da corrosão de certas bactérias. Sua vida ficou profundamente afetada, tanto na alimentação, como no relacionamento humano. Já não tem mais vontade nem de sorrir!

 

Transcrição de coluna A Vida na Igreja, escrita por dom Dadeus Grings, publicada no Correio do Povo, pág.18, edição de 28/5/2006

 


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