Crimes expõem falta de segurança
Um mês após Cinthya Magaly Moutinho de Souza ser queimada viva em seu consultório em São Bernardo do Campo, o também dentista Alexandre Peçanha Gaddy teve 60% do corpo queimado, na noite do dia 27 de maio, em um assalto em São José dos Campos. Infelizmente, no dia 4 de junho veio a falecer mais uma vítima da violência que assola nosso país. Diante da repercussão nacional de dois assaltos brutais contra dentistas em seus consultórios odontológicos, o SOERGS vem à publico transmitir sua indignação quanto à questão da segurança em nosso país. Em comum, o retrato da solidão dos profissionais em seus ambientes de trabalho, que muitas vezes não possuem verba suficiente para contratar um auxiliar, e a indignação dos criminosos frente à falta de dinheiro. Se os cirurgiões-dentistas eram considerados profissões de alto retorno financeiro, hoje, encontramos profissionais comuns, que buscam o sustento de suas famílias mediante ao trabalho árduo.
Tragédias como estas reforçam a necessidade de aprofundar o debate sobre a questão da segurança no Brasil. Retratos do medo que ronda o dia a dia dos profissionais de odontologia e dos cidadãos brasileiros. Crimes em consultórios odontológicos têm acontecido com mais frequência do que imaginamos também aqui no Rio Grande do Sul. Pequenos assaltos passam despercebidos pela imprensa, mas assustam os profissionais que precisam trabalhar de portas abertas para recepcionar seus pacientes. Bandidos chegam repentinamente aos consultórios se passando por pacientes e relatando dores. Sensibilizados com a urgência, os dentistas abrem as portas e são assaltados.
O SOERGS estimula os profissionais para buscar registrar um Boletim de Ocorrência em todos os casos, mesmo que simples ou de tentativas sem sucesso, e assim colaborar com a polícia com informações.
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