Governo estuda inserir conclusão do curso de odontologia na rede pública
A criação de um ciclo obrigatório de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS) não deve ficar restrito ao curso de medicina, como definido no programa Mais Médicos, anunciado no início do mês pelo governo. Recentemente a imprensa anunciou que o Conselho Nacional de Educação (CNE) estuda a adoção da medida para outras carreiras da área de saúde. Incluindo a odontologia, além de outros cursos como psicologia, nutrição, enfermagem e fisioterapia. A intenção é de que estas áreas também concluam a formação com atividades na rede pública. Não há prazo para a conclusão da análise, mas a intenção amplia a discussão que iniciou com o caso da medicina. Deste modo, o SOERGS convoca os cirurgiões-dentistas a tornarem-se solidários à luta dos médicos e a acompanharem as discussões de ampliação do programa para outras áreas da saúde.
Com um anúncio de forma autoritária e precipitada, o governo federal apresentou a Medida Provisória (MP) 261 que instituiu o programa Mais Médicos (MP), que, além de outras medidas, amplia de seis para oito anos a duração de medicina em instituições públicas e privadas. Deste modo, o Governo inverte os papeis com a desculpa de aumentar o número de médicos atuantes na rede pública de saúde em regiões com déficit de profissionais, permitindo a vinda estrangeiros ou de brasileiros que se formaram no exterior sem a necessidade de revalidação do diploma.
(novo parágrafo)A saúde pública precisa de investimento e de valorização dos profissionais, com o desenvolvimento de um plano de cargos e salários compatível, abertura de novas vagas e investimento em equipamentos e tecnologia. Desta forma, os profissionais brasileiros terão a capacidade de levar saúde de qualidade aos mais remotos municípios do interior. Não faltam médicos e dentistas no país, faltam sim a valorização e a correta distribuição destes profissionais, além do investimento na estrutura da saúde. É inadmissível que o governo federal tome atitudes como estas às pressas, na surdina, em a devida análise e a discussão com as entidades da classe da saúde.
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