OK
» Notícias

Soergs participa de prestação de contas da Saúde

17/06/2014
Aumentar tamanho da letraDiminuir tamanho da letra

O Soergs participou nesta segunda-feira, 16, de Audiência Pública na Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Porto Alegre (Cosmam) para a apresentação do relatório de gestão da Secretaria Municipal da Saúde relativo ao primeiro quadrimestre de 2014. Na oportunidade, o presidente do Sindicato, Andrew Lemos Pacheco, ouviu as informações prestadas pelo secretário municipal da Saúde, Carlos Casartelli que destacou o modelo de atenção ao usuário com recursos do Sistema Único de Saúde. Casartelli revelou que a atenção especial proposta pela secretaria perpassa todas as faixas etárias do usuário, com foco no idoso que exige cada vez mais um atendimento de qualidade. Na opinião do presidente do Soergs, os dados da secretaria não condizem totalmente com a realidade apresentada no dia a dia de quem necessita de atendimento do SUS em Porto Alegre.

Os dados apresentados revelam que o atendimento via rede de serviço chegou a 206 equipes de saúde da família neste semestre em 154 unidades de saúde, contando ainda com 23 hospitais e 15 equipes de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Porto Alegre tem hoje o mesmo número de Unidades de Saúde que Brasília, que tem o dobro de habitantes”, afirma Casartelli, que comemorou ainda o retorno que conseguiu dar aos testes rápidos para várias doenças. A testagem rápida, segundo ele, aumentou em 2014 para doenças infecto-contagiosas como é o caso do HIV/Aids e sífilis, afirmando ainda que “os pacientes estão aderindo cada vez mais ao tratamento de hepatites virais e não há mais fila de espera”. Anteriormente, o Soergs já havia contestado as informações apresentadas pelo secretário em reunião realizada no dia 20 de maio na Cosmam, em que Casarteli apresentou dados sobre marcação de consultas especializadas na Capital.

Pelos números apresentados pelo secretário, 77% das consultas nas 188 especialidades reguladas pela Central de Marcação têm tempo de espera de no máximo 30 dias. Conforme ele, em apenas 5% dos casos o tempo de espera por uma consulta supera os seis meses. Os dados apresentados pelo secretário destoam da realidade diária dos usuários. Em visitas realizadas aos postos de saúde, Pacheco relata ter escutado de pacientes histórias de quem aguarda há meses por uma consulta e por procedimentos. “Se na área médica existem problemas, que diremos da saúde bucal. Faltam profissionais, e em virtude disso, o número de consultas é muito reduzido. Além disso, a nova marcação demora mais de um mês, o que dificulta a continuidade do tratamento”, explica.

Em contrapartida às informações, representantes das associações de bairros da Capital questionaram o fim da distribuição de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que obrigam pacientes a se deslocar para buscar os remédios. Ao encerrar a Audiência Pública, o presidente da Cosmam, Dr. Thiago Duarte, fez colocações relacionadas principalmente à regionalização no atendimento para facilitar o atendimento aos pacientes que moram nas regiões vulneráveis que precisam se deslocar de um lado para o outro da cidade na busca de atendimento ou para realização de exames. “Os pacientes são atendidos de forma fragmentada, provocando vazios” revela.  Dr. Thiago afirmou ainda que a administração não tem dado a devida atenção ao crescimento populacional em algumas regiões da cidade e cobrou ainda o fim da interconsulta.

Com informações da Câmara de Porto Alegre


Leia mais notícias sobre:

 

Outras informações desta seção:
Outubro Rosa
  • Saúde Rio Grande
Facebook
Rua Dr. Flores, 323 - 4º andar - Porto Alegre/RS | WhatsApp 51 98116.8100 - soergs@soergs.org.br
Horário de funcionamento: segunda a sexta das 9h às 12h
msmidia.com